Tal como a natureza, a vida humana tem as suas estações. Nossa existência precisa ser compreendida, também, a partir dos seus contrastes. Perdas e danos, frio e calor, escuridão e brilho, fazem parte das múltiplas facetas da vida que se renova, que se refaz, e que triunfa vitoriosa, ainda que, de tempos em tempos, conheça a dor, as derrotas e o sofrimento. São as estações da vida, como momentos, necessários, da nossa existência.
Muitas vezes os ventos do outono sopram fortes contra nós, e, quais folhas, nossos sonhos vão embora, ao sabor dos ventos. Parece até que a vida vai sendo despedaçada e tudo vai desmoronar.
Com a chegada do inverno, o frio e a escuridão entristecem a alma. O coração reclama de uma lareira e um cobertor. É a estação da solidão, dos questionamentos profundos, de agudas crises existenciais. Tudo parece escuro ao nosso redor. Queremos algo que nos aqueça a alma e alguém que nos escute o coração.
Quando tudo parece perdido, e pensamos não haver mais saídas, a semente começa a brotar. Nasce no coração uma esperança. É a vida que ressurge na força dos sonhos e, com eles, a existência se reveste de cores, outra vez. É a primavera chegando, trazendo a beleza que pensávamos perdida. Tudo parece se revestir de um novo sentido, como um poema de rara beleza.
No tempo certo, o sol volta a brilhar. É o verão que está chegando e com ele a luz que amplia a nossa visão, o calor que aquece nossos sonhos, e a força para resistirmos aos ventos fortes da dor. É a vida que triunfa.
- Pr. Estevam Fernandes
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